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Uribe é acusado de trair a pátria por assinar TLC com os EUA
Vermelho / sexta-feira 9 de março de 2007
 

O Pólo Democrático Alternativo (PDA), partido de oposição da Colômbia, acusou nesta sexta-feira o presidente colombiano, Álvaro Uribe, de "traição à pátria", por ter assinado o Tratado de Livre-Comércio (TLC) que seu governo negociou com o dos Estados Unidos.

A denúncia foi formalizada na Comissão de Acusação e Investigação da Câmara de Representantes pelo congressista Jorge Robledo, líder do PDA e um dos principais críticos do acordo comercial.

Colômbia e Estados Unidos assinaram o TLC em 22 de novembro, em Washington, nove meses depois de suas equipes encerrarem as negociações formais, iniciadas em maio de 2004.

Robledo disse à imprensa que o documento, demonstra "como a soberania e o interesse nacional foram gravemente enfraquecidos pelo TLC". Uribe, na sua opinião, violou os dois artigos do Código Penal do país que definem os delitos de "traição da pátria" e "traição diplomática".

"É evidente que o TLC submete a soberania no todo ou em parte ao domínio estrangeiro, neste caso dos Estados Unidos, e afeta sua natureza de Estado soberano", acusou.

O regulamento do Congresso estabelece que o comitê da Câmara deve avaliar a denúncia e decidir se abre uma investigação formal. Como o acusado é o presidente, o processo deve ir ao Senado, para a etapa de julgamento.

A denúncia foi formalizada três dias antes de o presidente americano, George W. Bush, chegar a Bogotá. Ele visitará no próximo domingo a capital colombiana, onde passará cerca de seis horas.